sábado, 31 de março de 2012

A Força da Mulher na Política



 As pessoas estão descrentes com a política. Especialmente as mulheres. Parecem não ter motivos, causas, objetivos claros para se envolverem com ela. Comportam-se como Seres apolíticos. Agem como se muitas promessas feitas por elas mesmas e por outras pessoas não tivessem sido cumpridas. Será isso um reflexo da prática política atual? Das histórias seqüenciais de corrupção? Do egocentrismo do século XXI? Parece-me que as mulheres esqueceram-se da importância da política. Esqueceram? A sua participação sempre foi muito tímida. Na verdade nem existe uma real cultura de participação política da mulher de forma efetiva. Foram tantos fronts de batalha no último século que a política ficou relegada a segundo plano. As mulheres perderam a crença nas ações coletivas? Perderam a coragem? Qual é a missão do ‘SER MULHER’? As mulheres, segundo pesquisas recentes, representam 50% da mão de obra do mundo, são mais escolarizadas que os homens, no entanto, participam com apenas aproximadamente 49% dos cargos de gerência, 16% dos cargos de Diretoria executiva, 14% dos cargos de alta diretoria, 8% dos cargos mais altos, 6% dos maiores salários, são apenas 7 as presidentes de grandes corporações e possuem uma participação política de 12% nos diversos cargos eletivos.

É preciso, antes de tudo coragem para manter a essência da verdade, aquela voz que ressoa dentro de cada mulher, lembrando-as dos seus compromissos mais profundos com a política, ou seja, com todos os Seres Humanos. Vivemos em uma época em que a política, na sua mais profunda acepção, e a influência feminina não são apenas necessárias – são indispensáveis. O equilíbrio do homem e da mulher não perpassa apenas pelas oportunidades iguais na educação, no mercado de trabalho, mas também pelo equilíbrio nas suas participações políticas. “Chegará o dia em que o homem reconhecerá a mulher como sua igual não apenas ao pé da lareira, como também na administração do país. Nesse momento e não antes, nascerá o perfeito companheirismo e a união ideal entre os sexos, que resultarão no mais alto desenvolvimento da raça humana”, já dizia Susan B. Anthony no século XIX.

É a política que nos faz mais fortes, que nos aproxima como cidadãos, que nos impulsiona para o resgate da nossa verdadeira essência, que nos transforma em ‘irmãos’, que nos faz agir, que nos faz buscar a igualdade, a solidariedade e o bem coletivo, enfim. Aristóteles era a favor da vida política, da vida ativa, acreditava ser ela o meio de alcançar a felicidade. E dizia que “Todos aspiram viver bem e à felicidade.” Esses valores, essa visão de mundo é peculiar nas mulheres. Portanto, elas são exímias em política. Não sabem, ainda. Mas em breve promoverão maior revolução do século XXI. É o reconhecimento das bênçãos que a verdadeira política oferece para o povo, que nos faz refletir sobre um novo modelo que seja capaz de escavar e construir, em bases sólidas, um novo sistema político, onde a coragem, a verdade, os valores seculares, a igualdade, a autenticidade, e o bem coletivo sejam o sol, o farol, a bússola que conduzirá os humanos para uma nova vida. Esse sentido de missão, de sonhar e mudar a realidade, de ter alma de político, de pensar no individual e no coletivo é que nos salvará e nos unirá como povo.

Elina Borges – Mestre em Engenharia da Produção com ênfase em Planejamento e Estratégia Empresarial, Especialista em Gestão Estratégica de Marketing e Administradora. Consultora de negócios, conferencista e escritora. Foi professora universitária por 22 anos (PUC Goiás, UEG, FATESG-SENAI, Uni-ANHANGUERA, Uni-EVANGÉLICA). Atualmente é palestrante, consultora e educadora empresarial pela Araticum Negócios e Sustentabilidade.

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